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Você está mudando?
Jacqueline Sobral - 05.07.06

O mundo está mudando. O Brasil está mudando. E você? Está mudando? - James Hunter 

“Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes”. A frase é de Albert Einstein, citada pelo americano James Hunter em recente palestra sobre carreira. Seja líder, tenha sucesso e se transforme em um empreendedor. Conselhos assim lhe parecem familiares? 

Vivemos uma época em que o leitor, ouvinte e telespectador é atropelado por mensagens assim, fruto de uma cobrança cada vez maior das empresas e deste mundo ultra-competitivo. 

As mais de 600 pessoas de todo o país que compareceram ao Career Fair 2006, em São Paulo, foram em busca de um direcionamento para suas vidas profissionais. James Hunter, cujo livro “O monge e o executivo” já vendeu mais de 700 mil exemplares no Brasil, foi uma das principais estrelas. Para ele, liderança não se aprende em livros, palestras ou treinamentos. Ele afirmou ser “inacreditável” o sucesso que seu livro faz no país: 

- Nele, exponho ensinamentos simples, que aprendemos no jardim de infância, como "Seja bom e trate as pessoas como você gostaria que te tratassem", "Seja o pai e a mãe que você gostaria de ter tido", "Seja o chefe que você gostaria de ter" – ressalta. 

Nas palavras do americano, para ser um líder melhor é importante mudar quem você é e fazer aquilo que as pessoas precisam; enfim, servi-las. “Você não vai fazer o que seus funcionários ou seus filhos querem, mas o que eles precisam”, disse Hunter. “Os grandes líderes servidores são duros, rígidos e sabem equilibrar os elogios com as palmadas.” 

Já o consultor Waldez Ludwig destacou que vivemos a “Era do Conceito”: “Os comerciais da Nike já não anunciam mais produtos, eles agora querem vender uma idéia”. Segundo ele, os líderes têm hoje um papel muito mais importante do que orientar, motivar e influenciar pessoas. “O futuro pertence a quem tem outro modelo mental: o do artista”. 

Waldez afirma que um pintor, ao desenhar um quadro, não está interessado em saber, de antemão, como será o resultado. Ele não tem uma única meta e é isso que faz com que o artista se permita criar e aprender com esse processo. “O mundo dos negócios hoje exige constante inovação.” 

O consultor Luiz Carlos de Queirós Cabrera também escolheu a mudança como tema de sua apresentação. Ele deu algumas pistas de quando é necessário mudar o rumo de uma determinada situação: desgaste nas relações; esforço redobrado para realizar tarefas; diminuição de seu poder de influência; quando você pára de aprender; e quando acaba a competição sadia. “Não deixe a vida levar você”, aconselha. Para mudar, diz ele, é preciso ter sempre um plano com opções de emprego, finanças e novos ciclos. 

Afinal, quando é a hora de mudar? E mudar para fazer o quê? Segundo Einsten, “o único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário;[...] a mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original." 

Jacqueline Sobral é jornalista e especialista em Relações Internacionais.

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